quinta-feira, julho 18, 2013

2013-Clássica Cartaxo dia 28 Julho.

FOTOS

 PERCURSO





   Rescaldo por TO MONTEIRO
Antes demais não consigo compreender tanta falta de Duros nestas Clássicas.
É sempre interessante compartilhar o mesmo asfalto com atletas que não conhecemos.
Mas foram mais de 50 os participantes.

Loures- Alverca 34,1kmh.
Tiradas as fotos que é sempre um pouco cansativo, depois de comprimentar as Clássicas amizades.
A média de 34 logo nos primeiros kms ditou o ritmo que viria a ser sempre vivo tendo o pelotão chegado a rolar nos 60 kmh em frente a central de cervejas.
Alverca - Vila Franca 41kmh
Aqui  era ir na roda e tive de largar a cauda do pelotão pois os sucessivos esticões estavam-me a fazer estragos.
A passagem em Vila Franca longe de ser calma fez perder algumas carruagens incluido nelas o Helder Massamá.
Só dei por falta dele no Cartaxo.
Vila Franca - Cartaxo  38,7kmh
Ritmo muito aceso onde os Duros To Monteiro e Vaqueirinho passaram alguns minutos na frente .
Notou-se um abrandar de ritmo quando o Ricardo dos Pinabike pediu para se baixar um pouco a cadencia valeu.
Até aqui nada de incidentes.
Cartaxo - Carregado 37,2 kmh
Quase na Chegada ao Carregado o Remigio e Mário deram uma queda numa das Rotundas ganhando algumas escoriações.
Aqui para mim acabou o acompanhar do pelotão até porque ja vinha com algum sofrimento.
Quero desejar as melhoras rapidas ao Remigio e Mário.
Quero dar os parabéns aos DUROS Vassoureiros que hoje superaram em numero os mais fortes.
Parabéns ao Nuno Tdi e Vaqueirinho sempre aquelas máquinas.
Venha de lá a próxima.
Abráço
TO MONTEIRO



Por Ricardo Costa
 "Crónica da Clássica do Cartaxo"
 Uma Clássica das grandes, a do Cartaxo, realizada no último domingo. «Pico» do verão e de forma (ou lá perto) para muitos dos quase trinta de participantes que arrancaram de Loures. Uma adesão que superou as expectativas, não pela tradição do evento, que é um dos que regista maior entre as Clássicas, mas porque ultimamente as voltas domingueiras têm andado um tanto «desligadas».   Para tal, regista-se (e agradece-se) a presença de muitos ciclistas de outros grupos/outras paragens, com destaque para os sempre assíduos Duros do Pedal (embora o camarada Tó Monteiro tenha lamentado a limitação em número [talvez se estivesse a referir mais à «qualidade»], os Roda28 (que formam um coletivo cada vez mais coeso e de bom nível), alguns Ciclismo2640 (com realce para o Senhor Dario) e para alguns Pássaros, com o também «habitué» Vítor Mata à Velha em plano de evidência. Menção, ainda, para os Masters (sob as mesmas cores), Duarte Salvaterra e Pedro Capela, e o aplaudido regresso do meu amigo Jony às lides. Bem haja.
Entre os nossos «Pinas», representação sem motivo para acanhamento. As figuras de proa, Rui Torpes e Ricardo Gonçalves «Ricky», bem secundadas por lote respeitável: os Bruno’s (com o de Alverca a equipar a preceito – bem-vindo!), o Nuno Mendes e o Gonçalo. O Jorge e o Freitas (embora neste o equipamento de outras cores possa significar... «transferência») também marcaram presença, mas curta. E ainda eu... a recear que tivesse de seguir pelo mesmo (encurtado) caminho, mas, afinal (e felizmente) a «cumprir» a Clássica até muito mais tarde do que esperava.
Aliás, esse receio desde cedo se dissipou (ou pelo menos atenuou), ao sentir que a forma física, ainda limitada com apenas duas semanas de treino a seguir a um interregno prolongado, resistia ao exame madrugador que foi o andamento imposto praticamente desde a partida pelo Ricky. Logo em Alverca (16 km): 35,5 km/h de média. Este foi o figurino da Clássica até muito tarde. O possante rolador da Pina Bike a comandar o extenso pelotão, apenas amiúde ajudado/substituído na sua ação. Um trabalho louvável e de grande nível, à imagem do que faz, por norma, o (ausente) Renato Hernandez, mas que nada ficou a dever-lhe. E nem sequer faltaram figuras com qualidade/capacidade para o render, mas que terão preferido (e nada se incomodado) fazer bom aproveitamento da excelente boleia.
Às custas quase exclusivamente daquele líder, o grande grupo percorreu a ligação Alverca-Cartaxo à impressionante média de 39,3 km/h e do Cartaxo-Alcoentre em 38,2 km/h. Média total: 38,1 km/h. Obra! No seio do pelotão, o Dario manifestava um misto de perplexidade com elogio perante a intransigência do seu «instruendo»: «o Ricardo não sai da frente, tem nível 4 para hoje», comentava a um parceiro que parecia cético sobre a intensidade do exercício. Mas o «técnico» esclareceu: «sim, é a nível 4 que ele vai!». A confirmar-se, que resistência!
Chega a Espinheira, e a primeira dificuldade do relevo. Curta, mas quase sempre fortemente atacada... E a regra confirmou-se. No alto, primeiro corte no pelotão, que não demorou a ser fechado. Ultrapassado, sim, mas com marcas que ficam! Para mim, nos metros finais da rampa, o pico de pulso do dia: 182 bpm, e o ritmo embalava, finalmente com outros protagonistas. Até Alenquer e Carregado (onde se registou uma queda de dois elementos devido ao piso molhado numa rotunda, felizmente sem consequência maiores), assomaram-se à dianteira os Roda28 e o Duarte, entre outros que ajudaram a estabelecer uma média de 40,5 km/h desde a Espinheira. Total: 38 km/h!!
Após o Carregado, mais dificuldades. Suave ascensão para Arruda, onde os «principais» começaram a posicionar-se. O Torpes toma a iniciativa à frente do já encurtado grupo (cerca de 20 unidades), mas foi rapidamente rendido por um Roda28, que parecia ter missão específica: forçar o andamento nas partes em subida. Em consequência, o nível de exigência subiu, ainda que a patamar (para mim) suportável.
Após Arruda, então, as cartadas decisivas. O Mata-a-Velha lança-se a caminho do cimo de A-do-Barriga, motivando a primeira grande reação do pelotão após a Espinheira – mas agora já com uma triagem muito mais fina. Começo a vacilar sem surpresa. Mas alguns companheiros Pinas (Nuno Mendes, Bruno de Alverca, Gonçalo) que passam por mim encorajam-me a seguir-lhes a roda, e à passagem pelo cruzamento de Vila Franca (ponto baixo, após a primeira subida) recolo e com a embalagem passo direto...   Era tempo de gastar as forças que me restavam – que desde logo se confirmaram fracas e pouco duradouras. No topo de A-do-Barriga, ataca detrás o Capela e fico novamente (e perecendo definitivamente) descolado. Repetem-se os incentivos. Voltou a entrar. E a passar novamente para a frente no início da descida de A-dos-Melros para Alverca. Agora mobilizo o Gonçalo. Inclusive, puxo por ele! Descemos à média de 50 km/h – pulso a 170. O grupo de não mais de 15 unidades esticado atrás de nós. O meu depósito quase na reserva. Mas não desarmo no objetivo final: não deixar o andamento baixar até à entrada do Cabeço da Rosa, onde o Torpes poderia jogar o seu trunfo de trepador.
No entanto, descoordenação ou mal-entendido! Na estrada da Proverba, já em ligação à subida, deparo-me destacado, na companhia de um Duro, dos poucos que resistiam (creio que, além deste, apenas o medalhado Vaqueirinho - no Granfondo Gerês - e o Nuno TDI). Aquele lança-me o repto para insistirmos na ação. Nem lhe respondo (por ser tão óbvio para mim...). Mas o próprio também não estava muito melhor, como se conformaria no C. da Rosa, onde o último a passar por mim...
Retomando: deparo-me, então, destacado, com o grupo principal a cerca de 50 metros e liderado pelo... Ricky! Não era suposto... Enfim, agora não havia volta a dar, senão ir até onde desse. Que foi logo a primeira rampa do Cabeço, a mais rude, quando por mim passa o Mata-a-Velha em grande andamento. Mas não demorou muito tempo para ter resposta de um quarteto, composto pelo André, Tiago Silva [creio], um Roda28 [seria para este o trabalho do seu companheiro em Arruda] e o Torpes, e que na última vez em que tive contacto visual (à saída do viaduto) já era liderado pelo homem-forte da Pina Bike, também ele consagrado no Gerês. O que se passou depois, bom, fica para quem lá esteve contar. O topo do Cabeço da Rosa foi mais do que suficiente para mim naquele dia!
A todos, até 15 de setembro, na Clássica dos Campeões! Com o seu percurso para... «campeões»!

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